segunda-feira, abril 25, 2016

RELIGIÃO E CIÊNCIA E A SUPERAÇÃO

CAPÍTULO AINDA SEM NÚMERO

Versículo 121 – Os seguidores de religiões cultivam a fé porque ignoram que a dúvida não mata. Se não temessem a morte, nem os demônios, nem a fúria dos deuses, não receariam de mandar antecipadamente seus padres, pastores e gurus para o inferno, mesmo sem acreditar no inferno.

Versículo122 – Qualquer religião que se preze precisa ter belos e suntuosos templos. Seus deuses são tão humanos que precisam de palácios, luxos e conforto; os súditos devem descalçar os pés e pôr-se de joelhos nesses lugares  sagrados. Precisam demonstrar algum tipo de submissão e obediência.

Versículo 123– Não podemos comprovar a inexistência dos deuses, embora as divindades que conhecemos são demasiadamente humanas para perdermos tempo com elas.

Versículo 130 – Quem condena as religiões não entende o papel que elas desempenham. São respostas provisórias para perguntas que ainda não tivemos coragem de fazer. São explicações de um mundo que ainda não aprendemos a suportar.

Versículo 131– Religião religa o ser humano ao mundo da natureza da qual nunca se desligou por absoluta impossibilidade, mas de que se sentia diferente e separado. Talvez por ter a capacidade de construí-la dentro do cérebro e isso causava tamanho terror que precisava domar, não a natureza que estava fora de si, mas a que havia construído dentro de si. A natureza dentro de si não podia ficar sem explicações, sem causa e efeito compreensível. Por isso que a ciência é uma continuidade da religião que substitui o dogma e a explicação arbitrária pela hipótese e pelo experimento; de certa forma a ciência não destrói a religião, vai além dela. Na verdade dá continuidade ao objetivo de diminuir o terror que o desconhecido, a mudança e o futuro incerto causam no ser humano


Versículo 132– O medo do trovão e do raio não era medo do trovão e do raio; era medo do poder do trovão e do raio. O ser humano precisava saber a natureza do trovão e do raio para poder, de alguma forma, descobrir um meio de evitá-lo ou domá-lo. Dizer que o trovão e o raio eram a manifestação do poder de um Deus qualquer foi o recurso inventado, primitivo e tosco, na tentativa de domá-lo. E aí estava o germe da ciência de hoje. 

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