Imagino que é de suma importância eu ser o melhor dos pacifistas quando
entre os pacifistas e o melhor dos guerreiros quando me deparar com belicosos
inimigos.
O significado desse pensamento está claro: o melhor comportamento humano
é o da flexibilidade. Portanto, que eu esteja sempre adaptado às circunstâncias
e não preocupado com princípios se estes forem inadequados ou quando as circunstâncias
mudam. Aceitar as mudanças é uma forma de preservar a flexibilidade mental. Não
faz nenhum sentido combater a guerra, ostentando ódio aos espíritos conflitivos,
ou organizando um movimento do tipo “sou da paz”, vestir-me de branco e
enfrentar o mundo com flores.
O que importa é compreender o meio ou o momento que se enfrenta; se é um
meio pacifico não faz sentido ser
belicista nesse ambiente. Se meu objetivo é viver bem na comunidade e usufruir
dos benefícios de ser membro dela, e inapropriado semear a discórdia e os
conflitos, achando que dessa forma vou alcançar benefícios ainda melhores. No
longo prazo, uma sociedade sob constante e mútua agressão entre seus membros,
não subsiste.
A paz, muitas vezes, é uma estratégia vital de sobrevivência. Tudo
depende do contesto ou das circunstâncias. Quando me vejo numa sociedade em que
sobreviver dependo de luta e de imposição de alguns sobre os outros, negar-se a
lutar é aceitar a submissão e a uma vida de escravo. Se minha sociedade está
sendo atacada por forças externas, evocar um espírito de paz é sinônimo de
abdicar, de se submeter ao arbítrio de outros.
Por isso que em tempo de guerra é melhor ser um bom guerreiro e em tempo
de paz, levantar a bandeira branca do espírito anti-belicista.