terça-feira, novembro 16, 2021

SER PACIFISTA OU BELICISTA?

 

Imagino que é de suma importância eu ser o melhor dos pacifistas quando entre os pacifistas e o melhor dos guerreiros quando me deparar com belicosos inimigos.

O significado desse pensamento está claro: o melhor comportamento humano é o da flexibilidade. Portanto, que eu esteja sempre adaptado às circunstâncias e não preocupado com princípios se estes forem inadequados ou quando as circunstâncias mudam. Aceitar as mudanças é uma forma de preservar a flexibilidade mental. Não faz nenhum sentido combater a guerra, ostentando ódio aos espíritos conflitivos, ou organizando um movimento do tipo “sou da paz”, vestir-me de branco e enfrentar o mundo com flores.

O que importa é compreender o meio ou o momento que se enfrenta; se é um meio pacifico não faz sentido  ser belicista nesse ambiente. Se meu objetivo é viver bem na comunidade e usufruir dos benefícios de ser membro dela, e inapropriado semear a discórdia e os conflitos, achando que dessa forma vou alcançar benefícios ainda melhores. No longo prazo, uma sociedade sob constante e mútua agressão entre seus membros, não subsiste.

A paz, muitas vezes, é uma estratégia vital de sobrevivência. Tudo depende do contesto ou das circunstâncias. Quando me vejo numa sociedade em que sobreviver dependo de luta e de imposição de alguns sobre os outros, negar-se a lutar é aceitar a submissão e a uma vida de escravo. Se minha sociedade está sendo atacada por forças externas, evocar um espírito de paz é sinônimo de abdicar, de se submeter ao arbítrio de outros.

Por isso que em tempo de guerra é melhor ser um bom guerreiro e em tempo de paz, levantar a bandeira branca do espírito anti-belicista.