Uma historinha contada por John Adams,lá no final do século
XVIII, é muito reveladora e tocante. Vale lembra que Adams, um dos pais
fundadores dos Estados Unidos da América, foi, depois, presidente daquele país.
Disse ele: um
amigo me contou que viu um mendigo na rua próximo a sua casa, sentado na calçada,
acompanhado por um cão. O homem era muito magro e tinha sinais evidentes de que
passava fome a maior parte do tempo. Seu cão também parecia não levar uma vida
melhor, pois mostrava as costelas por baixo do pelo sem brilho e cheio de
falhas. O amigo de Adams condoeu-se pelo pobre homem. Foi até a cozinha e pediu
para a cozinheira prepara uma tigela de comida, com feijão, carne e biscoitos.
Levou a vasilha para o
mendigo que estendeu a mão suja para
receber o presente, agradecendo. O cão, sentindo o cheiro de boa comida, agitou
o rabo e grunhiu. O homem separou os pedaços de carne e deu ao cão que comeu
com desespero. O amigo de Adams vendo aquela cena, não se conteve e interpelou
o mendigo, o aconselhado a se livrar do cão em vez de repartir a comida com o
animal. Mas este retrucou: se eu não repartir a comida com ele, quem vai me
amar?
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