sexta-feira, fevereiro 01, 2013

LONGE DA LUZ



Há momentos em que vejo o avesso,
As coisas de cabeça para baixo,
Os seres humanos sem suas carapaças e
as sabiás fora das gaiolas.

Alguém me avisa que o tempo passou,
que as chuvas seguiram para o norte e,
enquanto olho pegadas na lama,
o sol sobe pela montanha molhada.

O mundo mudou ou foi o rio que fluiu?
A tarde caminha com as nuvens,
mesmo quando não tenho pressa
e meu trabalho dobra a última folha.

Mas vejo o outro lado da parede.
sabe, quando querem ocultar,
quando lançam palavras suaves
Desviam nosso olhar do óbvio?

Sinto que fui outra vez ludibriado
assim como quem percebe tarde
que existe o subterrâneo oculto
e outro mundo respira sem luz.





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